segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

#NOITE

Cheguei a mais uma noite... 

Mais um tormento se instalará em instantes... 
E essa jaula sombria que me aprisiona, que me revela... Que esconde todas as possibilidades e que mostra todos os anseios. 

Tu ó noite, que vem para assombrar-me, tu que ousas desmascarar a volúpia de um dia vivido como se não fosse, tu que vens assim murando-me, cercando-me, me fechando com o oco da solidão. 

Noite maldita, que vem se ser convidada, que traz a amarga saudade de dias passados. 

Noite emprestada, trazida em cortejo, revela-me o desejo de ser quem eu não sou. 

Se amanhece então é novo dia, meu Deus quanta alegria.. Em saber que sobrevivi. 

Tão logo isso passa, entra a nuvem e assim disfarça a aproximação deste lento lusco-fusco, e eu, aqui, ainda confuso, sem saber porque acordei. 

Do silêncio nasce o ócio, do ócio eu viro sócio e vivo meus dias assim. 

Resta saber se depois da tormenta eu me encontre, possuindo ainda o mesmo nome e sendo o que não sou. 

Se caminhar é preciso, Meus Deus, que sacrifício... Impeça as noites de virem ate mim. 

 Pois sem amor não há porque ter estrelas no céu, ter luz do luar. 

Portanto fica aqui meu manifesto, óh Deus é o que peço, que todos os meus dias seja luz, para que dormindo não me acorde, e assim não viva eu a morte, neste lento existir!

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