quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

TIRA ESSA LAMA DAS BOTAS ANTES DE ME DAR AS COSTAS


"..Porque quando o amor acaba os defeitos recebem uma importância inacreditável, e tudo que era lindo já não existe mais.
 

Só existem agora as coisas ruins ...e os motivos para se estar junto, evaporaram junto com todas aquelas qualidades encantadoras que a outra pessoa já não possui mais.
 

E chega a parecer que todos aqueles momentos bons nunca foram bons de verdade e que todos aqueles sonhos foram mera alucinação...
 

Quando o amor acaba, se acaba também tudo o que havia de bom...e tudo que fica são mágoas e dor.
 

E pensar no outro já não te traz mais aquele sorriso e o brilho nos olhos...e as lembranças só conseguem machucar ainda mais o coração já doente.
 

Quando o amor acaba tudo isso acontece...
e quando tudo isso acontece, descobre-se que não era amor...
Porque amor, amor de verdade, simplesmente NÃO ACABA!"


A incompatibilidade entre as personalidades dos amantes é a maior causa para a sensação de esfriamento, suas reações à perda não chegam nunca ao desespero trágico dos desfechos produzidos de fora para dentro, do social para o pessoal, do desamor geral contra o amor possível.
 

Os amantes sabem que só se ama por inteiro, ou então o que estão fazendo não é amor, mas uma associação de interesses mútuos, um negócio. 

Além disso, quando se ama, não se está pensando em segurança, duração, controle, posse, nem nada dessas coisas. Não se pensa, não se cobra, pois isso corresponde à forma com que o autoritarismo capitalista familiar ou de estado se expressa no plano pessoal e afetivo das pessoas. 

Se sou um libertário, desejo que tanto eu quanto o meu par viva o amor em liberdade, na emoção, no espaço e no tempo. É o amor, e não alguém que consiga descrever qualquer fenômeno em si mesmo, que comanda a intensidade, a beleza, a forma e a duração do nosso amor, em cada um e entre os dois, jamais o contrário.

(Mariane Murase c/c Roberto Freire) 

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