sábado, 21 de fevereiro de 2009

Faz frio aqui sem você...


Após um longo inverno cá estou eu explicitando meus dissabores. Como não tenho a quem recorrer, recorro a mim mesmo, ao bom censo de leitor que cada um de nós possui para juízo de informação. Quando leio cada frase e expressão posso julgá-las como sendo algo externo, dai o apelo emocional não se faz tão importante como em um jogo de pensamentos e emoções introspectivas.
Acho que esse capítulo põe fim ao melodrama entre Rosi e eu. Talvez já estivesse na hora, você deve estar pensando, mas é com dores na consciência e talvez até no coração que menciono esta parte, fui injusto mas fui humano, errei mas fui nobre em assumir, fui aquilo que era e causei aquilo que devia acontecer. Melhor pensar assim.
Como não pude fazer nada no aniversário dela, no dia seguinte resolvi por sua foto em meu álbum como um gesto de carinho. Uma simples foto, tirada em sua própria casa, no dia que a levei embora. Emocionalmente eu estava pronto para uma menção no mínimo grata por este pequeno gesto, foi quando em um contato (gerado por mim, pra variar) Rosi mencionou tal fato dizendo que não gostara, pois isto houvera despertado em algumas pessoas uma critica um pouco desagradável ao nosso respeito. Implodi internamente... e não soube lidar com essa situação, daí não houveram palavras suficientes para tamanho desacordo. Fui duro com ela, confesso, mas sinceramente não havia o que fazer naquele instante. Perdi a noção e a direção e tomado por uma fúria de alguém injustiçado só fiz por me complicar. Por fim, ela teve de sair em meio a conversa e eu repassei tudo a sua amiga, amiga essa confidente dela e a quem eu devia todo o proceder da situação, entenderia mais tarde.
A amiga não poupou esforços ao interpelar-me concluiu que eu havia sido um grosseiro e arrogante. Se não poupei Rosi a quem dedicara meus últimos dias, como poupar a amiga por quem o único sentimento que possuía era respeito e carinho fraternal? Questionei-a, argüi com todos os meus recursos, complicando ainda mais minha situação no campo local. Mas como renegar-me? Se me mostrasse manso e auto controlado não seria eu, se não me mostrasse literalmente não estaria em paz comigo mesmo... Enfim, isso tinha que ocorrer! Só que não nesta proporção.
Dois dias depois, consigo falar com rosi ao telefone, pedi desculpas pelo descontrole, disse que lamentava tudo aquilo, deixei o orgulho e a chateação de lado e mostrei-me como estava arrependido realmente, temendo e ao mesmo tempo conformando-me com o que havia de vir.
Deixei claro do carinho que sentia e de como sofreria caso as coisas mudassem. Ela por sua vez fez questão de mencionar que sua visão a meu respeito havia mudado. Mudado para pior. Via-me como um tolo e altamente errante, o qual suprimia a todos que de bom grado se aproximavam com intuito de me ajudarem. Não disse bem isso, mas foi a única lição que pude guardar daquele acerto, que para mim estava mais para outro erro. Foi quando conclui que aquilo tudo de fato era na verdade um grande erro. Pequei pelo excesso, excesso de carinho, excesso de verdade.
Depois do ocorrido não nos falamos mais; é claro que lamento tudo, mas cá entre nós?! Não posso dizer que me foi uma perda porque se não houve ganhos, consecutivamente não havia o que se perder. Lamento apenas o desfecho desta que tinha tudo para ser uma grande historia neste tempo. Se há possibilidades de restauração? Sempre! Partindo do pressuposto que servimos um Deus de restauração. Mas o que não farei é ocupar meu coração e minhas orações, impregnando-as a expectativa de dias melhores a este respeito. Vou prosseguir, caminhar, e se mais adiante eu encontrar com Rosi, terei o maior prazer em lhe desejar um “bom dia!” é, eu acho que é isso.
06/04/2008 – 01:28:44:15

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